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Aumento do tráfego nos principais eixos rodoviários (A22 e A2) e recuperação no modo ferroviário

Os dados do 2º Trimestre de 2014 evidenciam a consolidação da recuperação verificada no movimento de passageiros nos serviços do transporte ferroviário, assim como no tráfego de veículos nos principais eixos regionais (A22 e A2). Nos eixos rodoviários secundários, destaca-se sobretudo o aumento do tráfego no troço do IC4 na Costa Vicentina, num quadro em que a maioria dos postos de contagem registam decréscimos. O movimento de passageiros no modo fluvial regista igualmente aumentos em simultâneo nos dois sistemas (Ria Formosa e Guadiana), o que não vinha sucedendo com frequência. No transporte colectivo rodoviário, apenas há a registar aumentos nas ligações inter-regionais, em simultâneo com o serviço concorrente do Longo Curso ferroviário.

1 - Transporte fluvial/marítimo:

No 2º trimestre de 2014, as carreiras da Ria Formosa transportaram um total de 292.609 passageiros, correspondendo a um acréscimo de 1,3% relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior (2013). A carreira da travessia do Guadiana (Vila Real de Santo António - Ayamonte) transportou um total de 25.883 passageiros, resultando num acréscimo de 8,0% relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior.

A variação positiva observada no movimento na Ria Formosa assume um valor pouco significativo, dentro dos padrões anuais normais de oscilação em função das melhores ou piores condições climatéricas. Quanto à carreira do Guadiana, há a referir como nota positiva, não apenas a variação trimestral homóloga positiva mas também o facto de se estar perante a primeira variação positiva num 2º trimestre desde que se iniciou este registo.

2 - Transporte ferroviário:

No 2º trimestre de 2014, o serviço regional (Lagos – V. R. de Santo António) transportou um total de 412.602 passageiros, o que significa um acréscimo de 3,8% relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior (2013). O serviço de Longo Curso (ligações dos serviços Alfa e Intercidades) movimentou um total de 155.796 passageiros, correspondendo a um acréscimo de 22,9% relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior.

No serviço regional, o destaque vai sobretudo para o facto de esta ser a quarta variação trimestral positiva consecutiva (desde o 3ºT 2013). Quanto ao Longo Curso, destaca-se o expressivo acréscimo de 22,9% relativamente ao período homólogo do ano anterior (valor mais elevado desde que se iniciou este registo (2007), e ainda o facto de, tal como no serviço regional, ter-se uma série de 4 variações trimestrais positivas consecutivas.

3.1 - Tráfego nos principais eixos rodoviários:

No 2º trimestre de 2014, o Tráfego Médio Diário (TMD) no troço da A2 “Almodôvar / S. B. Messines” situou-se nos 7.900 veículos, correspondendo a um aumento de 16,5% em relação ao trimestre homólogo do ano anterior (2013). Na A22, o TMD situou-se nos 8.493 veículos, o que corresponde a um aumento de 14,4% em relação ao trimestre homólogo anterior. Na Ponte Internacional do Guadiana, o TMD situou-se nos 5.840 veículos, o que corresponde a um decréscimo de 1,0% relativamente ao trimestre homólogo anterior.

De novo, e para ambas as vias estruturantes (A2 e A22), trata-se do 4º trimestre consecutivo de variações positivas, sinal de que a recuperação parece consolidar-se. Ao invés, na Ponte Internacional do Guadiana, o valor para o 2º trimestre de 2014 constitui a 10ª variação trimestral homóloga negativa consecutiva (desde o 1º trimestre de 2012).

3.2 - Tráfego nos eixos rodoviários secundários:

No troço do IC1 entre S. B. de Messines e Tunes, paralelo à A2, foi registado um TMD de 6.371 veículos, o que corresponde a um decréscimo de 3,9% relativamente ao trimestre homólogo anterior (2013). No troço da EN125 entre S. João da Venda e Faro registou-se um TMD de 41.093 veículos, correspondente a um decréscimo de 2,8% relativamente ao trimestre homólogo anterior. No troço da EN125 entre Odiáxere e Estômbar o TMD foi de 21.840 veículos, correspondendo a um ligeiro decréscimo de 0,3% relativamente ao trimestre homólogo anterior. E no troço da EN125 entre Tavira e Monte Lagoa foi registado um TMD de 14.880 veículos, o que corresponde a um aumento de 5,0% relativamente ao trimestre homólogo anterior.

No troço do IC4 compreendido entre Odeceixe e Aljezur, foi registado um TMD de 3.524 veículos, o que corresponde a um acréscimo de 8,1% relativamente ao trimestre homólogo anterior. No troço da ER270 entre S. B. de Alportel e Sta. C. Fonte do Bispo registou-se um TMD de 2.513 veículos, correspondente a um acréscimo de 1,9% relativamente ao trimestre homólogo anterior. E no troço da EN122 entre Mértola e Sta. Marta registou-se um TMD de 1.086 veículosmenos 15,2% que no trimestre homólogo anterior.

Destaca-se, como no trimestre anterior (1º T2014), o facto de o tráfego no IC1 ter conhecido um decréscimo, evolução em sentido contrário ao acréscimo que se observou no eixo paralelo – a A2 portajada –, parecendo assim reforçar-se a ideia de que a recuperação na A2 tem como consequência a redução de tráfego no IC1.

4 - Transporte colectivo rodoviário:

No 2º trimestre de 2014, foram transportados 1.158.199 passageiros nas ligações urbanas regionais, menos 5,1% do que no trimestre homólogo anterior (2013). As ligações inter-urbanas (regionais) transportaram um total de 1.425.130 passageirosmenos 10,8% relativamente ao trimestre homólogo anterior.

As ligações inter-regionais asseguraram o transporte de 177.195 passageirosmais 3,9% relativamente ao trimestre homólogo anterior (2013); enquanto as ligações internacionais (carreira Lagos – Sevilha) transportaram um total de 7.281 passageirosmenos 0,3% relativamente ao trimestre homólogo anterior.

Como principal destaque do modo rodoviário colectivo registe-se sobretudo: a persistência da quebra acentuada do movimento das carreiras urbanas; o expressivo decréscimo do movimento nas carreiras inter-urbanas (que contraria as boas indicações dadas nos dois trimestres anteriores); uma recuperação no movimento de passageiros nas carreiras inter-regionais.

5 - Transporte Aéreo:

Face à decisão da ANA – Aeroportos de Portugal, SA, em suspender a autorização para a disponibilização da informação relativa aos indicadores “número de voos”, “passageiros transportados” e “passageiros transportados de/para aeroportos nacionais”, não nos é possível, de momento, dar continuidade ao acompanhamento das dinâmicas do transporte aéreo.

Consulte aqui o boletim completo sobre Mobilidade e Transportes.